quarta-feira, 16 de março de 2011

Fui lá fora esconder de mim
da densidade material da coisa
funda em si mesma e sua significação
Para decifrar os sentidos no mundo
onde se deposita a palavra
eu abjecto

Maluco só pode

Beber cerveja e literatura

Tipo boa ,alucinação

A verdade irrefutável dos apotegmas

Tradução do delírio ficção das máximas

Minha tradução,constatações filosóficas de boteco

interlúdio


vômito profundo

ressaca

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pouco é muito que me sobra

Outro dia pra esquecer a tristeza
e chegar no momento em que se fala ou
passa o tempo simplesmente
sem mudança de data das coisas inúteis,
comecei a contar cada gota da chuva
que caia
E foi, uma a uma,
retendo o tempo no espaço
galgando as transparências do pousar,
do sonhar,
do talvez

De repente veio uma voz dentro de mim,e
precipitei-me ,começei a chorar e a cair como a chuva
antes a me contar
perdi a conta_quantas gotas sou antes que eu chore?
Por onde me escorro entre meus próprios sulcos?
Antes de mais nada,evaporei
e me desfiz no infinito

-brain-

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Música de Cristal

Ela é de Souza
segura o sol
com os braços
na cintura
Ninguém pode
com ela
nem na crista
nem debaixo da terra
Ela risca e trisca
e não tem futrica

Ela é cris e tal
Cristal


É bem verdade
não sei muito dela
Se no seu mar
tem todas aquerelas
Se o sol se põe
só na vontade dela
Com seu verso
celestial
Com sua voz
original
Com ela
nada é normal

Ela é cris e tal
cristal

Vem ao mar
quando quer
Risca o chão
com os pés
Desce ao céu
quando é

é,é,é...

Ela é cris e tal
Cristal

(Para a poetisa Cris de Souza)

-brain-

*Música musicada de improviso
para desconcerto em ré maior

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sua orquídea floresceu
você deve estar por perto
Sinto a casa_mas não vejo
Que medo de florescer por dentro
que medo das pétalas se desprenderem
numa saudades sem fim
Pensei que não sabia chorar
rego o jardim enquanto penso

-brain-


*Hoje 26 de outubro,minha mãe faria 65 anos...
Por essas coicidências da vida,
sua orquídea floresceu nesse tempo....

sábado, 2 de outubro de 2010


"Já me foi tirado tudo
Meus avós,meu pai,
minha mãe,
As lembranças
de infância com a minha mãe,
Minha infância!
A alegria inocente
Minha inocência!
Beberam meus dentes de leite!
Já me foi tirado tudo !
E ainda sim procuram por mim!
Até quando?

-brain"

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha amiga se chama borboleta

(Pra minha amiga Vaninha)


Quando a borboleta voa
na sua essência plena de eternidade,
não vemos o esforço de nossos olhos
em conter a intangível beleza
nela contemplada


Quando ela deslocar o ar
com suas asas
(que são os olhos de Deus
a tremeluzir)
não se sabe o espaço tempo
mas a dor
morre de medo

Quando a borboleta pousa(o impossível)
nosso olhar pousa,ligeiro,desastrado
milhões de movimentos
circundam e sustentam
o que não pode ser dito
em palavras

(Brain)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Modus in rebus

às pressas fiz promessas
às cegas feri donzelas
às claras pedi compressas
às escondidas poli desculpas

às pressas feri promessas
às cegas poli donzelas
às claras fiz compressas
às escondidas pedi desculpas

às pressas pedi promessas
às cegas fiz donzelas
às claras poli compressas
às escondidas feri desculpas

algures e amiúde o modo
fingirá de maneira tal
que deveras será

entrementes
flexiono o clarão
em vão


(Brain)

Divinal

Na teia
equilíbrio do monociclo
menina e menino
emaranhado de sonhos
tecendo o amanhã
o destino
É Deus criança
de círculo em círculo
rindo sozinho

(Brain)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Arrumando-se (ia)

Varre e sai
na ludibriez absoluta
em híbridas tentativas
de permanecer em fé

Compara e compra
acessórios,anestésicos e anagramas
com a analítica de sentimentos acrílicos
sentidos na sintética forma do saber

Aquilo sulfúrico por dentro
que por fora sufoca
matéria da matéria
limpa a fundo como pano de fundo
o plano de fuga, fugaz,
o fogão a lenha

cinzas,cinzas,cinzas

São regras das entranhas(estranha)
Primícias compostas
de cangalhas,que sustentam as falhas
de lágrimas,que eternizam o nome
de letras, que incendeiam as ideias

(fogo contemplador)

(Brain)