quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Modus in rebus

às pressas fiz promessas
às cegas feri donzelas
às claras pedi compressas
às escondidas poli desculpas

às pressas feri promessas
às cegas poli donzelas
às claras fiz compressas
às escondidas pedi desculpas

às pressas pedi promessas
às cegas fiz donzelas
às claras poli compressas
às escondidas feri desculpas

algures e amiúde o modo
fingirá de maneira tal
que deveras será

entrementes
flexiono o clarão
em vão


(Brain)

Divinal

Na teia
equilíbrio do monociclo
menina e menino
emaranhado de sonhos
tecendo o amanhã
o destino
É Deus criança
de círculo em círculo
rindo sozinho

(Brain)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Arrumando-se (ia)

Varre e sai
na ludibriez absoluta
em híbridas tentativas
de permanecer em fé

Compara e compra
acessórios,anestésicos e anagramas
com a analítica de sentimentos acrílicos
sentidos na sintética forma do saber

Aquilo sulfúrico por dentro
que por fora sufoca
matéria da matéria
limpa a fundo como pano de fundo
o plano de fuga, fugaz,
o fogão a lenha

cinzas,cinzas,cinzas

São regras das entranhas(estranha)
Primícias compostas
de cangalhas,que sustentam as falhas
de lágrimas,que eternizam o nome
de letras, que incendeiam as ideias

(fogo contemplador)

(Brain)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Desmedido


Lhe quero assim e assado
com vontade e desvantagens
Lhe quero no íntimo e particípio
na temperatura certa e sem pressa
Lhe quero boca e palavrões
desconcertos e apertos
Lhe quero carne e alma
com sede e leveza
Lhe quero pelo cheiro
pelos lados
pelos quartos
enquanto houver tato
Lhe quero
Até esvair-me pouco a pouco
por lhe querer assim

(Brain)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Epitáfio


Por se longo
o que vou dizer-lhes
estremeço os trechos
por assim dizer;

Vem amplidão
reverdeça o epicédio
de aqui jaz
Batiza o verbo querer
dos longos dias de nascimento

Afasta o tempo
em nome da
beleza do
mundo

sábado, 14 de agosto de 2010

Em si


Se o amor me chegasse
porta a dentro
feito fosse tangível
a mim caberia
Mas o amor é soluçante
e de susto não passa
de pedra mesmo sendo água,quebra
tilinta as coisas
desatina os bichos
Se o amor não é das coisas aos gritos,
dos bichos em desespero de causa;
Me chega um receio nos olhos mudos:
Está em mim por que desconheço

(Brain)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Olhos


Há coisas tão minhas,privo-me
contorce-me as coisas´causa-me
A linguagem é desigual,e de súbito revelações
É a solidão do sol,que por mais esteja perto
está anos luz de distância do outro que entenderia
Permito-me a tristeza
é que me cabe nesse momento,
pois no dia que estava mais feliz
ninguém percebeu

A meia altura do maciço disse;
Abrete-te a si mesmo
adentra-se as aberturas

Nada coube nas externas

(No proibido olhos do princípio,desvãos)

(Brain)

Sempiterno


Das coisa mais belas
é por ti que espero
no cume do tempo

Ao nível do mar
não espero o mar
transvaso
ao amar

Os quatro cantos
e estações
mar ,céu ,tempo e terra

Das coisas mais difíceis
morrer impossível
esperar-te-ei sempre

(Brain)

Pré profano


Não me bate arrependimentos tardios
ou outros de espécie,e tempo...
Pois já foi tudo premeditado
pelo profeta
Pois que também
essas palavras
profanas de quem vos
fala

(Brain)

Des café arruinado


Des café arruinado

No café ressequido de saudades
desperta lembranças
corrói por dentro

cristais de lágrimas

(Brain)